Introdução
A má nutrição é uma doença de natureza
clínico-social multifatorial cujas raízes se encontram na pobreza. A
desnutrição grave acomete todos os órgãos da criança, tornando-se crônica e
levando a óbito, caso não seja tratada adequadamente. Pode começar precocemente
na vida intrauterina (baixo peso ao nascer) e freqüentemente cedo na infância,
em decorrência da interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e da
alimentação complementar inadequada nos primeiros 2 anos de vida, associada,
muitas vezes, à privação alimentar ao longo da vida e à ocorrência de repetidos
episódios de doenças infecciosas (diarréias e respiratórias). Isso gera a
desnutrição primária. Outros fatores de risco na gênese da desnutrição incluem
problemas familiares relacionados com a situação sócio-econômica, precário
conhecimento
Desenvolvimento
1.
A Má Nutrição
A Má
Nutrição é uma circunstância que ocorra quando há uma deficiência de
determinados nutrientes vitais na dieta de uma pessoa. A deficiência não
encontra as procuras do corpo que conduz aos efeitos no crescimento, na saúde
física, no humor, no comportamento e em outras funções do corpo. A Má Nutrição
afecta geralmente crianças e as pessoas idosas.
A Má Nutrição igualmente envolve as
circunstâncias onde a dieta não contem o balanço direito dos nutrientes. Isto
pôde significar uma elevação da dieta em calorias mas deficiente nas vitaminas
e nos minerais. Este segundo grupo de indivíduos pode ser excesso de peso ou
obeso mas é considerado ainda subnutrido. Assim ser subnutrido não significa sempre
que a pessoa é de pouco peso ou fina.
A má-nutrição
ocorre de uma diminuição da nutrição ou desta em excesso (nutrição excessiva).
Ambas são causadas por um desequilíbrio entre as necessidades essenciais de
nutrientes do organismo e a ingestão dos mesmos. A desnutrição pode ser
decorrente também da ingestão inadequada devida a uma dieta ruim ou à má
absorção intestinal da utilização anormalmente elevada de nutrientes pelo
organismo ou da perda anormal de nutrientes através da diarreia, da hemorragia,
da insuficiência renal, dentre outros.
Em
1995, a má nutrição foi responsável por 6,6 milhões das 12,2 milhões de mortes
entre crianças menores de cinco anos. Isso representa 54% da mortalidade
infantil nos países em desenvolvimento. No mesmo ano, mais de 200 milhões de
crianças tiveram seu crescimento retardado pela má nutrição. Estas crianças têm
maior probabilidade de apresentar baixo desenvolvimento cognitivo, sofrer danos
neurológicos, além de ter menos resistência a doenças. Na idade adulta, estarão
em maior risco de contrair doenças cardiovasculares, pressão alta, diabetes,
altas taxas de colesterol e problemas renais. A desnutrição pode ser prevenida
e reduzida por meio de uma combinação de factores, como adequada assistência
pré-natal, práticas apropriadas de alimentação na primeira e segunda infâncias,
prevenção e controle de infecções, consumo adequado e balanceado de alimentos e
exercícios regulares. A maioria dos programas nacionais contra a desnutrição
infantil inclui a promoção e protecção da amamentação, promoção da alimentação
complementar oportuna e adequada, inócua e apropriada, monitoramento do
crescimento, controle das carências de micronutrientes, e nutrição da gestante
e lactante. De modo geral, a má nutrição deve ser considerada como um todo e
não apenas enfoque na desnutrição energético-proteica, ou seja, a carência de
calorias e proteínas por exclusiva falta de alimento. É essencial acompanhar
também o estado micronutricional, uma vez que os dois estão intrinsecamente
ligados. Melhorar o estado energético-proteico, sem atentar para as carências de
micronutrientes não resultará em bom crescimento. Do mesmo modo se aconselhava uma grávida a “alimentar-se bem”
porque tinha de comer por dois.
1.1 A hiper-nutrição
A hiper-nutrição
ocorre devido ao consumo de alimento em exagero, do uso excessivo de vitaminas
ou de outros suplementos ou da falta de atividade física. A desnutrição ocorre
em estágios. Primeiramente ocorrem alterações nas concentrações de nutrientes
no sangue e nos tecidos. A seguir, ocorrem mudanças nos níveis de colesterol.
Posteriormente, os órgãos, tecidos e células apresentam disfunções e, em
seguida, manifestam- se os sinais de doença,viroses e, consequentemente, a
morte.
O conceito de nutrição, como hoje a entendemos,
é relativamente recente e resulta do aprofundamento da noção de alimentação que,
no senso comum, estava muito mais ligada à quantidade de alimentos do que à sua
composição ou qualidade. Assim, podemos dizer de modo simplista que a magreza estava conotada com uma
“má” alimentação e a gordura, pelo contrário, com
uma “boa” alimentação. Havendo maior conhecimento das necessidades nutricionais
do bebé e da criança
para que se desenvolvessem de forma saudável, maiores foram também as preocupações nessa área o que, conjuntamente
com a administração de vacinas, contribuiu em muito para a queda da mortalidade infanti
1.2 Subnutrição
A subnutrição é decorrente dá má ingestão de nutrientes essenciais para
o corpo e pode ser causada por meio de uma dieta pobre, pela absorção
deficiente pelo intestino dos alimentos ingeridos ou pela perda excessiva de
nutrientes causada por diarreia, hemorragia ou insuficiência renal.
1.3 Risco da má nutrição
A Má
Nutrição afecta todos os grupos de idade mas é mais comum em países em vias de
desenvolvimento e entre crianças, pessoas idosas e mulheres gravidas. No Reino
Unido, 2 milhões de pessoas foram encontrados para ser subnutridos em 2009 e 3
milhões de pessoas mais adicional foram encontrados para ser em risco de
tornar-se subnutridos. Um quarto de todas as admissões no REINO UNIDO é devido
à má nutrição.
Aqueles em um risco mais
alto são idosos sobre 65, particularmente se estão vivendo em instalações de
cuidados, aqueles com doenças crônicas a longo prazo, como aqueles do fígado ou
do rim, aqueles com cancro ou outras infecções debilitantes como AIDS e aqueles
que abusam drogas ou são alcoólicos. A Má Nutrição é comum entre os rendimentos
reduzidos e os grupos desabrigados.
A má nutrição Mundial é
encontrada para ser a causa a mais importante da doença e da morte que afectam
grandes populações das crianças e das mulheres gravidas. A Má Nutrição mata
300.000 indivíduos no mundo inteiro todos os anos e é responsável para
aproximadamente a metade de todas as mortes nas jovens crianças e levanta o
risco de infecções com infecções da diarreia, da malária, do sarampo e das vias
respiratórias nas crianças.
De acordo com a
Organização Mundial de Saúde, em 2015 a predominância da má nutrição no mundo
inteiro será 17,6% e o grande número de população subnutrido será dos países em
vias de desenvolvimento em Ásia do sul e em África subsariana. Além 29% stunted
o crescimento devido à nutrição deficiente.
2.
Sintomas da má nutrição
O mais comum da má
nutrição é perda de peso. Por exemplo, aqueles que perdem até 10% de seu peso
corporal em 3 meses sem fazer dieta são considerados ser subnutridos. Pode
haver outros sintomas como a fadiga, falta da energia, falta da força,
dispneia, anemia, mudanças da pele, cabelo e prega Etc. nos adultos com má
nutrição.
As Crianças com má
nutrição mostram adicionalmente a irritabilidade, a incapacidade concentrar-se,
a falha vir sua altura prevista, o crescimento stunted e.tc.
2.1 Diagnóstico da má nutrição
O Diagnóstico da má
nutrição é feito clìnica examinando o paciente. Além o BMI ou o índice de massa
corporal (o peso nos quilogramas sobre a altura nos medidores esquadrou - o
Peso/altura (em m)2) e circunferência meados de do braço.
Aqueles com um BMI que
menos de 18,5 precisam de ver seus fornecedores de serviços de saúde para a
avaliação da má nutrição. Crianças com atraso de crescimento ou necessidade
stunting ser avaliado também para sinais da má nutrição. Outros testes de
diagnóstico incluem análises de sangue rotineiras para a detecção da anemia, da
infecção crônica.
3.
Causas
ma nutrição
A má nutrição é causada pela diminuição de
nutrientes, que seria a subnutrição, ou pelo aumento excessivo da alimentação,
mais conhecida como hipernutrição.
3.1 Tratamento da má nutrição
Para aqueles que podem
comer normalmente, o tratamento da má nutrição envolve fornecer um plano da
dieta o índice nutriente extra. O plano da dieta precisa de ser feito
equilibrado para permitir o ganho de peso junto com a disposição das vitaminas
e dos minerais.
Para aqueles que não podem
comer normalmente uma câmara de ar de alimentação pode ser usada para fornecer
nutrientes directamente no sistema digestivo ou nutrientes disponíveis porque
as preparações injectáveis poderiam ser infundidas directamente em um dos vasos
sanguinios. A má nutrição se estende pelo mundo, a obesidade aumenta em quase
todos os países e a desnutrição persiste nos lugares mais pobres.
A comunidade internacional
não conseguirá acabar com a má nutrição até 2030 se não atuar mais energicamente,
segundo os autores do estudo financiado por entidades públicas e organizações
filantrópicas em todo o mundo.
O estudo assinala que ao
menos 57 dos 129 países analisados apresentam altos níveis tanto de desnutrição
- principalmente no atraso do crescimento e anemia - como de obesidade e
excesso de peso nos adultos. Uma em cada três pessoas sofre de má
nutrição", explicou Lawrence Haddad, o responsável pelo estudo e
investigador associado o International Food Policy Research Institute, citado
em um comunicado de imprensa.
Segundo a pesquisa, quase
metade das mortes dos menores de cinco anos se deve à má nutrição, que, junto
com regimes alimentares inadaptados, constitui o primeiro risco para a saúde
pública.
Mas o número de menores de
cinco anos com excesso de peso se aproxima do número que apresentam um peso
muito abaixo do desejado. Em termos orçamentários, é preciso um esforço
significativo, já que se deveria destinar 70 bilhões de dólares para se
alcançar os objetivos de redução em termos de atraso de crescimento, de má
nutrição severa, de lactância e de redução da anemia.
3.2 A boa e a má
alimentação infantil
Para que as crianças gozem
e tenham uma melhor saúde, é necessário que coman o suficiente e que a sua
alimentação seja rica em hidratos de carbono, contenha um terço de gorduras e
que o resto seja coberto por proteínas. Além disso, é importante que a criança
pratique alguma atividade física todos os dias.
A comida da criança não
deve ser um prêmio, nem um castigo, e tampouco deve ser um desabafo às suas
tensões ou ansiedades. A comida deve ter seu lugar, sua hora, e seu controle na
infância, para evitar transtornos alimentícios, como a obesidade, a bulimia ou
anorexia, na adolescencia e na idade adulta.
A alimentação em instituições para idosos tem
problemas muito específicos que se prendem com a heterogeneidade de gostos
individuais ou culturais, necessidades nutricionais e limitações fisiológicas
e/ou cognitivas dos utentes, pelo que necessita de pessoal habilitado não só
para identificar as necessidades desses idosos mas também para gerir um
orçamento que muitas vezes condiciona as opções mais desejáveis.
De modo geral, as ementas são programadas de
modo a cobrir as necessidades dos utentes. Mas não devemos esquecer que, ao
falar de instituições para idosos, estamos a englobar instituições com todos os
requisitos de conforto e acompanhamento médico e outras que são apenas
depósitos de idosos sem condições mínimas sequer de higiene. As ementas são
estabelecidas a partir de planos alimentares de base normalmente equilibrados
do ponto de vista nutritivo. Acontece que nem todos os utentes ingerem a quantidade
que lhes é necessária nem toda a variedade dos alimentos apresentados. É portanto
preciso dar atenção aos consumos de cada um, de modo a compensar noutra refeição
o que foi deixado de lado anteriormente. Por exemplo, se ao almoço um utente não
comeu a fruta, essa falta pode ser compensada na merenda (pode ser servido um batido
de fruta). Convém também tentar perceber a razão da recusa. Há razões culturais
(ou religiosos) que levam a preferir ou rejeitar certos alimentos. São fatores
que interferem na alimentação e que muitas vezes são completamente ignorados. A
variedade dos alimentos é essencial.
Importante é também a sua apresentação. As
refeições devem ser visualmente atrativas, com diferentes sabores, cores,
formas, texturas e aromas (os “truques” usados para as crianças podem ser usados
para todos, incluindo os idosos). Há utensílios de cozinha muito fáceis de usar
e que proporcionam formas divertidas de apresentar os alimentos e que podem ser
motivo de surpresa e de conversa, o que é sempre saudável. Não esquecer que as
refeições são momentos de socialização, mesmo em instituições e que um ambiente
agradável e descontraído poderá ser tão ou mais benéfico do que a própria
refeição.
Também o conceito de “idoso” se tem vindo a
modificar. Embora sabendo que a vida é um processo contínuo, sem divisões
estanques, tornou-se necessário, por razões de ordem prática, estabelecer uma
distinção entre as fases da vida e, neste caso, quando se considera que um
indivíduo é “idoso”.
4. Conceito de idoso
Sendo os 65 anos a idade da reforma na
generalidade dos países industrializados, foi esse o marco mais ou menos
consensual. Em 2002 a WHO (World Health Organization) considerou idosa a
população com 65 e mais anos mas, já em 2007, as Nações Unidas baixaram esse
patamar para 60 anos. Considera-se esse grupo relativamente homogéneo mas, com
o progressivo aumento da esperança de vida, sentiu-se a necessidade de
constituir, pelo menos, 2 grupos: um dos 60 ou 65 anos até 80 e outro acima dos
80 anos. Esta distinção reconhece haver nestes grupos diferentes capacidades
físicas, cognitivas e psicológicas que, por sua vez, influenciam as
necessidades nutricionais dos indivíduos que os constituem. É curioso verificar
que o que se passou com os estudos sobre a infância, que levaram à necessidade
de definir vários estádios de desenvolvimento, se passa agora com os idosos, na
fase de declínio, por razões semelhantes. E podemos prever que outras
categorias poderão ser criadas, dado que já se verifica que um número
apreciável de indivíduos atinge os 100 anos.
Mas, para além destas distinções de ordem
puramente prática, interessa lembrar que as representações sociais do idoso têm
variado através dos tempos, determinando também
comportamentos diferentes.
A história da humanidade, desde os seus
primórdios, mostra-nos que eram raros os indivíduos que atingiam uma idade
avançada. Era esses os detentores e transmissores dos conhecimentos adquiridos
pelas gerações anteriores, pelo que eram respeitados, acarinhados ou temidos e
consultados em diferentes situações. A fase final do seu ciclo de vida era
vista como algo natural, no seio da família ou do grupo a que pertencia.
Esta situação manteve-se praticamente até à
Revolução Industrial, que originou várias ruturas sociais. O êxodo dos mais
novos para as cidades, em busca de melhores condições de vida, levou a que os
idosos ficassem mais sós nas terras onde permaneceram. Mantinha-se n entanto
uma rede social de proximidade que, de certo modo e durante algum tempo,
colmatava a ausência dos familiares.
Começa a verificar-se também a substituição
da família alargada, habitual nas zonas rurais, para a família nuclear. Os
horários desumanos das fábricas, a necessidade de todos os membros da família
trabalharem, mesmo os mais novos, leva a uma maior dificuldade em acompanhar os
mais idosos ou dependentes, que vivem mais isolados e desamparados.
Mas é sobretudo a partir da segunda metade do
século XX, com o notável aumento da esperança de vida das populações e o
consequente aumento do número de idosos que estes começam a ser encarados,
muitas vezes, como um encargo para as famílias e para a sociedade. Muitas vezes
a solução encontrada é a institucionalização do idoso ou o seu acompanhamento
por alguém que desconhece o seu percurso de vida, os seus gostos, as suas
necessidades. Em ambos os casos há uma rutura com o seu passado e esse
desconhecimento leva a um reforço dos estereótipos ligados ao idoso, já que a
sua individualidade, aquilo que o torna diferente dos outros, é desvalorizado.
Há a tendência para perceber todas as pessoas de determinada idade como um
grupo homogéneo que é caracterizado geralmente por determinados traços
negativos, como a incapacidade, a dependência, a doença. A esta tendência
deu-se o nome de “idadismo” (ageism)4. Em termos gerais, refere-se às atitudes e
práticas negativas generalizadas em relação a certos indivíduos baseadas apenas
numa característica – a sua idade. Na nossa sociedade, o idadismo está
associado sobretudo às crenças, estereótipos ou preconceitos em relação às
pessoas idosas. Não é apenas uma atitude negativa individualizada, mas revela
os nossos valores culturais mais profundos e está presente na maioria das
práticas institucionais da nossa sociedade. Pode manifestar-se através de atitudes
de desdém ou mesmo desprezo em relação às pessoas mais velhas ou, pelo
contrário, de piedade ou paternalismo, igualmente humilhantes.
Atualmente verifica-se uma grande indefinição
e ambivalência em relação a esta etapa de vida. Por um lado, continua a existir
o paradigma anterior. Mas, cada vez mais começa a evidenciar-se um tipo de
pessoa idosa que remete para uma população mais urbana, mais saudável, com uma
situação económica razoável, bem integrada social e familiarmente e com bom
nível cultural e intelectual. O próprio momento da reforma, que muitas vezes
era sentido como um “fim de vida”, é muitas vezes antecipado por vontade
própria, dando oportunidade a novas atividades culturais ou de lazer.
Estas pessoas idosas, mais preparadas
intelectual e culturalmente, vão exigir aos responsáveis pelas políticas
sociais o seu reconhecimento e a sua participação ativa na sociedade. Tanto
mais que começam a adquirir certa importância quer pelo seu poder económico
quer pelo seu número, o que lhe dá um peso eleitoral e não pode ser ignorado
nos programas dos partidos políticos. Estes fatores internos, aliados à pressão
dos organismos internacionais no sentido da implementação de políticas sociais
que tenham em conta os idosos, levará certamente a uma alteração das estruturas
e legislação que com eles se relacionam, o que contribuirá para a sua melhor
integração na sociedade e ao desaparecimento gradual dos estereótipos negativos
a eles associados.
5.
Fatores
determinantes do estado nutricional em idosos
Embora seja geralmente reconhecida a
importância da alimentação na saúde de um indivíduo, é menos conhecido o grande
número de fatores que se conjugam para que essa alimentação seja equilibrada em
quantidade e em qualidade, sobretudo nas pessoas idosas. Fala-se hoje muito de
alimentação e nutrição, mas as precauções com esse assunto têm-se centrado
sobretudo no problema da obesidade, pela dimensão social que tem vindo a tomar
nos países industrializados ou, no extremo oposto, na anorexia. São raros os
programas de divulgação que se dirigem especificamente à nutrição das pessoas
idosas e, no entanto, isso seria de extrema importância para os próprios idosos
e para os seus cuidadores porque, com pequenas alterações nos seus hábitos
alimentares, conseguiriam proporcionar-lhes uma alimentação mais correta. No
capítulo 8 (“Implementação de soluções”) abordaremos algumas hipóteses de
soluções de problemas muito frequentes na alimentação dos idosos.
6. Necessidades nutricionais específicas dos
idosos em relação à população adulta em geral.
Para compreendermos por que razão os idosos
têm necessidades nutricionais que diferem, em vários aspetos, dos indivíduos de
meia-idade, teremos que conhecer e ter em conta algumas alterações fisiológicas
ligadas ao envelhecimento e o seu impacto sobre as necessidades nutricionais de
cada um.
7. Vitaminas
7.1
Vitamina D – encontra-se
armazenada na pele. Este “armazenamento” processa-se através de alimentos que
são fonte deste nutriente e é ativado através dos raios ultravioletas durante a
exposição correta ao sol. Tem também como função a absorção de cálcio, pois
estimula o transporte deste pelas células da mucosa do intestino. Atua na
mobilização do cálcio dos ossos e aumenta a absorção de cálcio e fósforo. É
também importante para o equilíbrio das funções neurológicas e cardíacas e para
coagulação sanguínea. As fontes alimentares desta vitamina são: sardinha, gema
de ovo, fígado, óleo de peixe.
7.2
Vitamina B6 ou Piridoxina
Vitamina B6 ou Piridoxina – actua no
equilíbrio hormonal feminino, depressão, tensão pré-menstrual, gravidez,
stresse, enxaqueca e outros. Fontes alimentares: carne, fígado, grãos
integrais, gérmen de trigo, peixes, aves, ovos, amendoim, leguminosas
(lentilha, feijão, grão de bico, ervilha), banana, abacate, batata e
couve-flor.
7.3
Vitamina E
Vitamina
E – atua como antioxidante, combatendo os radicais
livres, responsáveis pela oxidação do nosso metabolismo. Combate a agregação plaquetária.
Fontes alimentares: óleo de gérmen de trigo, óleo de milho, óleo de soja, óleo
de girassol, amêndoas, batata doce, abacate, damasco, azeite de oliveira, gema
de ovo.
Vitamina B12 ou Cobalamina – está relacionada
com o metabolismo de todas as células, especialmente as do trato
gastrointestinal, as da medula óssea e as do sistema nervoso. A sua absorção é
facilitada pelo suco gástrico. Como a produção deste diminui com a idade, é
necessária a ingestão diária deste nutriente que, juntamente com outros micronutrientes
como a vitamina C, ácido fólico, ferro, cobre e vitamina B6, é necessário para
a formação de hemácias. Encontra-se quase exclusivamente em alimentos de origem
animal como fígado, leite, ovos, peixe, queijo e carne.
7.4 Vitamina C
Vitamina
C ou ácido ascórbico – tem um papel importante
na formação de colagénio, pelo que é essencial no metabolismo do tecido conjuntivo,
ósseo, cartilaginoso, bem como nos processos de cicatrização. Principais fontes
alimentares: sumo de acerola, sumo de laranja, pimentos verdes, Kiwi, manga,
melão, papaia, morangos, entre outros.
7.5 Ácido
fólico
Ácido fólico – é essencial na formação e na
maturação de hemácias e de leucócitos na medula óssea. É necessário ao
equilíbrio das funções cerebrais e à saúde mental e emocional.
A sua deficiência é comum na gestação, alcoolismo,
desnutrição, leucemia, terceira idade e doença de Hodgkin. As suas principais fontes
alimentares são: fígado, leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilha),
espinafres, espargos, sumo de laranja e brócolos.
7.6 Minerais
Cálcio
– é o mineral mais abundante no organismo, representando cerca de 1,5 a 2,0% do
peso corporal. Atua na composição estrutural dos ossos e dentes; é necessário
na contração dos músculos; estabiliza a frequência cardíaca e a pressão
arterial; ativa enzimas que ajudam reações metabólicas; ativa hormonas e os
neurotransmissores.
Encontra-se em: sardinha, leite e derivados,
tofu, espinafres e couve Zinco – é o material envolvido no maior número de
funções metabólicas que se conhece. As suas principais funções são: produção de
energia, manutenção da pele saudável, formação de colagénio, participa da
estrutura mineral de ossos e dentes, no sistema imunológico, na produção de
anticorpos, atua na preservação do paladar, olfato e visão, entre outras.
Fontes alimentares: gérmen de trigo, carne vermelha, ostras, fígado, ricota e
arroz integral.
7.7 Ferro
– é pouco absorvível a partir dos alimentos
de origem vegetal, enquanto as carnes têm ferro mais bio disponível. A sua
absorção é facilitada se ingerido juntamente co vitamina C. Tem como função o
transporte de oxigénio, produção de energia, proteção do organismo (porque
reforça o sistema imunológico). Existe no fígado, ervilhas, feijão, carne
vermelha, gérmen de trigo, espinafres, entre outros.
Conclusão
A pós o desfeicho das pesquisas feitas demos
por concluir que a má nutrição, sugem por motivo de umaalimentação saudáveis,
e uma boa alimentação devem começar pelo tratamento da comida e dos produtos
agrícolas. A maneira como os alimentos são cultivados, processados, transportados
e distribuídos tem forte influência nos hábitos alimentares da população. O uso
apropriado de políticas agrícolas, investimento e pesquisa para aumentar a
produtividade, não apenas dos grãos como milho, arroz e trigo, mas também de
legumes, carne, leite, vegetais e frutas, todos ricos em nutrientes. Evitar o
desperdício, que actualmente responde por um terço de toda a comida produzida
todos os anos para consumo humano no mundo. De acordo com a FAO, isso poderia
aumentar a disponibilidade de alimentos bem como reduzir seu preço, além de diminuir
a pressão sobre a terra e outros recursos naturais. Outros fatores de risco na
gênese da desnutrição incluem problemas familiares relacionados com a situação
sócio-econômica, precários conhecimento.
A mudança demográfica das sociedades deu-se
de forma rápida, o que dificultou o ajustamento das mentalidades e a criação de
instituições adaptadas à nova realidade. No entanto, houve quem previsse as
consequências dessa mudança e se interessasse pelo estudo do envelhecimento e
da pessoa idosa, contribuindo para o nascimento, ao longo do século XX, de uma
nova ciência:
Folha de Anexo

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